Unicef preocupa-se com as crianças em meio ao conflito nos países árabes

abril 21, 2011

Fonte: AFP

Unicef preocupa-se com futuro de crianças no Oriente Médio

O Fundo Mundial pela Infância (Unicef) anunciou nesta quarta-feira uma “grande preocupação” com destino das crianças envolvidas no conflito no Oriente Médio e na África do Norte.

“Condenamos os ataques contra os civis por grupos armados e pedimos a todos que deixem as missões humanitárias passarem por todas as regiões para ajudar as crianças necessitadas”, declarou o Fundo em comunicado.

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Solicitações de refúgio nos países industrializados caem em 2010

março 28, 2011

Fonte: ACNUR

Solicitações de refúgio presentadas em 44 países industrializados, 2001-2010. (Fonte: ACNUR)

O número de solicitantes de refúgio nos países industrializados continuou caindo em 2010, chegando quase à metade do nível no começo deste milênio.

Este é um dos principais pontos do relatório que o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) divulga hoje sobre o perfil das solicitações de refúgio em 44 países industrializados.* O documento se refere a novos pedidos, sem mostrar dados acumulativos sobre quantos indivíduos já são reconhecidos como refugiados nestes países.

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Afegãos lideram os pedidos de asilo ao Ocidente

abril 3, 2010

Um recente relatório do Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) revela que, em 2009, estabilizou o número de candidatos ao asilo no Ocidente, onde os EUA mantêm, pelo quarto ano consecutivo, o primeiro lugar enquanto país de acolhimento. Na Europa, a França é ainda o Estado mais procurado por quem foge à guerra, à fome ou à discriminação.

O número de pessoas que procuram asilo no Ocidente estabilizou em 2009, por comparação com o ano anterior. Esta é uma das conclusões contidas no relatório emitido pelo Alto-Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR). O mesmo documento dá ainda conta de que o Afeganistão passou para o primeiro lugar dos Estados cujos cidadãos tentam adquirir asilo em países ocidentais, posição que era ocupada em 2008 pelo Iraque.

Ao todo 377.200 pessoas conseguiram passar, em 2009, as fronteiras do seu país e pedir asilo. Apenas mais cem do que em 2008. Fugiram à guerra, como no caso do Afeganistão, à cega violência sectária, como no caso do Iraque, à fome e ausência de segurança provocada pela guerra, como no caso da Somália, considerada como um estado falhado. Outros houve que fugiram de ditaduras violentas e repressivas, onde os direitos humanos são violados numa base quase diária.

Em 2009 e pela primeira vez em oito anos, os afegãos lideraram a lista de candidatos ao asilo nos países industrializados com 26.800 pedidos, um aumento de 45% em relação a 2008, sublinha o documento das Nações Unidas. Neste momento, eles constituem 7% do conjunto de pessoas que procuram asilo no Ocidente. Mas, para além destes, existem muitos outros – a maioria – que saíram do Afeganistão mas não conseguiram chegar ao Ocidente, como alertou Melissa Fleming. Em conferência de imprensa, a porta-voz do ACNUR afirmou existirem “1.7 milhões de refugiados afegãos no Paquistão e um milhão no Irã”.

Os iraquianos, por seu turno, passaram para segundo lugar com 24 mil pedidos – uma baixa de 40% -, seguidos dos somalis que apresentaram 22.600 candidaturas ao asilo. Em contrapartida, os chineses com 20.100 pedidos de asilo registaram em 2009 registaram o seu número mais elevado desde 2004.

Em termos de países de acolhimento, os EUA continuam a ser o primeiro, seguido da França, Canadá e Reino Unido, embora este tenha recebido o menor número de pedidos dos últimos 15 anos.

Em comunicado, o responsável pelo ACNUR, António Guterres, afirmou ser “um mito a ideia de que existe um afluxo excessivo de candidatos ao asilo nos países ricos. Apesar do que pretendem alguns populistas, os nossos dados revelam que os números continuam estáveis”.

Não deixa de ser curioso, porém, que os países escandinavos tenham recebido em 2009 um aumento de 13% de pedidos de asilo.

Fonte: Diário de Notícias


Iraquianos, afegãos e somalis lideram pedidos de asilo nos países industrializados

outubro 22, 2009

Requerentes de asilo da Somália são entrevistadas por uma funcionária do ACNUR na ilha italiana de Lampedusa. (Foto: A.Di Loreto/ ACNUR)

Requerentes de asilo da Somália são entrevistadas por uma funcionária do ACNUR na ilha italiana de Lampedusa. (Foto: A.Di Loreto/ ACNUR)


Os pedidos de asilo apresentados em países industrializados aumentaram 10% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período em 2008. Os dados fazem parte de um estudo divulgado ontem, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em Genebra. Nos primeiros seis meses deste ano, foram registrados 185.000 pedidos de asilo em 38 países europeus, Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Nova Zelândia e República da Coréia.

O Iraque permanece como o primeiro país de origem de requerentes de asilo (13.200 pedidos) pelo quarto ano consecutivo. Afegãos (12.000 solicitações) e somalis (11.000 requisições) são o segundo e terceiro grupo, na medida em que as condições de segurança continuam a se deteriorar em seus países. Os outros maiores países de origem são: China, Sérvia (incluindo Kosovo), Rússia, Nigéria, México, Zimbabwe, Paquistão e Sri Lanka.

O relatório “Tendências e Niveis de Asilo nos Países Industrializados, primeira metade de 2009” (Asylum Levels and Trends in Industrialized Countries – First Half 2009) está disponível em inglês no site internacional do ACNUR: http://www.unhcr.org.

“Essas estatísticas mostram que o avanço da violência e da instabilidade em algumas partes do mundo força um número crescente de pessoas a fugirem e buscarem proteção em países seguros”, afirmou o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres. “É urgente que os países mantenham abertas as portas do asilo para aqueles que se encotram em necessidade genuína de proteção internacional”, acrescentou.

Como região, a Europa recebeu 75% de todos os pedidos de asilo, embora os Estados Unidos tenham permanecido como o maior país receptor, responsável por aproximadamente 13% dos pedidos apresentados em nações industrializadas (23.700). A França aparece como o segundo maior país receptor, com 10% dos pedidos (19.400), seguida por Canadá (18.700), Reino Unido (17.700) e Alemanha (12.000).

O relatório do ACNUR aponta uma distribuição desigual dos pedidos de asilo. A maioria dos pedidos de iraquianos, por exemplo, foi apresentada na Alemanha, Holanda e Suécia, bem como na Turquia. Já no caso dos afegãos, a maioria dos pedidos foi apresentada ao Reino Unido e à Noruega, enquanto a maior parte dos somalis apresentou seus pedidos na Itália, Holanda e Suécia.

Mudanças de políticas também podem afetar as tendências de asilo, segundo o documento. É citado o exemplo de um forte declínio nas solicitações de refúgio por iraquianos na Suécia, depois que um tribunal de migração decidiu em 2007 que a situação do Iraque já não se caracterizava mais como “conflito armado”. A decisão, segundo o relatório, pode ter levado iraquianos a apresentarem aplicações em outros países, como Alemanha, Finlândia e Noruega.

Embora o documento tenha se centrado nas tendências de asilo no primeiro semestre de 2009, os autores afirmam que o segundo semestre poderá registrar um aumento no número dos pedidos, segundo padrões sazonais observados nos últimos 10 anos. O relatório também fez notar que o número dos pedidos não necessariamente corresponde ao número dos requerentes porque algumas pessoas podem ter apresentado pedidos em mais de um país em um determinado ano, ou terem feito requisições mais de uma vez em um mesmo país.

Fonte: ACNUR